Multidões devem ir às ruas nesse final de semana para demonstrar seu apoio ao movimento mundial do Black Lives Matter (Vidas Negras Importam) e pedir o fim das mortes de aborígines sob custódia.
Estão programados prostestos em Sydney, Melbourne, Brisbane, Adelaide e Hobart no sábado, em solidariedade ao movimento BLM e ao afro-americano George Floyd. que morreu enquanto estava sob custódia policial em Minneapolis.
Os protestos na Austrália também são uma demonstração de apoio aos Aborígines e destacam altos níveis de encarceramento indígena e mortes sob custódia.
O Supremo Tribunal Federal proibiu o protesto de Sydney por violar as restrições de coronavírus, mas é improvável que isso detenha os manifestantes. Organizadores do protesto em Sydney entraram com apelo no último minuto para que evento seja permitido.
A polícia do estado de NSW conseguiu uma liminar no Supremo Tribunal Federal para interromper os protestos do Black Lives Matter, argumentando que o evento viola as ordens de saúde pública.
A Premier da NSW, Gladys Berejiklian, disse que a aprovação para a realização do evento foi dada no início da semana para "um evento que achamos que seria bem menor".
Com mais de 10 mil pessoas indicando que participarão do comício em frente à prefeitura de Sydney, Berejiklian disse que os manifestantes não poderão garantir que os requisitos de distanciamento social sejam mantidos.
"O governo de NSW nunca daria luz verde para milhares de pessoas se reunirem e ignorarem as regras da saúde pública", disse Berejiklian.
A liminar foi apresentada depois que o primeiro-ministro Scott Morrison pediu para as pessoas não irem aos protestos organizados em várias cidade do país nesse final de semana.
O ministro da polícia de NSW, David Elliot, chamou de "comprovadamente insana" qualquer pessoa que planeje ir ao protesto.
"Se você comparece a uma reunião em massa, volta para casa e expõe qualquer doença a um ente querido, alguém vulnerável, a idosos, então você age de maneira totalmente inadequada", disse ele à rádio de 2GB.
Berejiklian disse que muitas pessoas fizeram sacrifícios para limitar a propagação do coronavírus.
"Se as pessoas tivessem tomado a decisão de expressar suas opiniões com firmeza de uma maneira segura do COVID-19, que são os comentários que fizemos ontem e no dia anterior, isso seria aceitável dentro das ordens de saúde, mas esse não é o caso, " disse.
Quase 20 mil pessoas registraram seu interesse em participar de um protesto do Black Lives Matter no centro da cidade de Melbourne nesse sábado (6).
O primeiro-ministro de Victoria Daniel Andrews pediu para as pessoas não irem ao protesto e avisou que qualquer pessoa com intenção de ser violenta será penalizada pela polícia.
Andrews disse que o evento pode causar um aumento nos casos que podem piorar a disseminação do COVID-19 na comunidade.
"Eu tenho uma mensagem muito clara para todos: não vá ao protesto," disse ele.
O comissário de polícia de South Australia concedeu permissão para um protesto do Black Lives Matter prosseguir em Adelaide. Espera-se que mais de 4 mil pessoas se reúnam na Victoria Square no sábado (6) antes de marcharem pela cidade em apoio aos pedidos globais de justiça ao afro-americano George Floyd, que morreu sob custódia policial.
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