'Até sempre, seu Marinho Peres'

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Marinho Peres nos tempos de atleta do Palmeiras (esquerda) e como treinador do Belenenses: quem o conheceu, está a recordá-lo com saudade.

O futebol se despede de um dos grandes defensores de seu tempo, capitão da seleção brasileira na Copa de 1974. Como jogador, atuou com Pelé no Santos, Cruyff no Barcelona, foi ídolo do Inter e também teve passagem pelo Palmeiras. Em Portugal, Marinho Peres comandou o Vitória de Guimarães, o Sporting, o Marítimo e o Belenenses, e está no panteão de treinadores brasileiros mais bem sucedidos no país.


Entre os brasileiros com maior glória como treinadores de futebol no futebol português estão Otto Glória, Scolari, Carlos Alberto Silva e Marinho Peres.

O Belenenses acaba de lembrar que os associados, em 2019, no centenário do clube, elegeram Marinho Peres como o treinador do centenário, ou seja, o melhor dos primeiros 100 anos do clube.

Em Portugal, Marinho Peres comandou o Vitória de Guimarães, o Sporting, o Marítimo e o Belenenses.

Ganhou a prestigiada Taça de Portugal, em 89, com o Belenenses.

No Restelo, o estádio do Belenenses, lê-se hoje em homenagem de despedida “Até sempre, seu Marinho”.

Mario Peres Ulibarri, mais conhecido por Marinho Peres, nasceu no Brasil em 1947 e fez praticamente toda a carreira de futebolista no Brasil, em vários clubes, com exceção de uma passagem pelo Barcelona em 1974/75, tendo ainda representado a seleção canarinha em 15 ocasiões. Pendurou depois as chuteiras em 1981.

A notoriedade que conquistou em Portugal advém do seu trajeto como treinador, onde chegou em 1986 para orientar o Vitória de Guimarães durante uma temporada - voltaria ao Minho em 1992/93. Seguiram-se passagens em duas ocasiões diferentes pelo Belenenses (1987-89 e 2000-03), o clube onde ganhou estatuto de lenda e ao serviço do qual, para além de conquistar a Taça de Portugal em 1988/89, foi terceiro classificado no campeonato da época anterior. Orientou também o Sporting (1990-92) e o Marítimo (1996/97).

Marinho Peres estava internado num hospital em Sorocaba (SP), com pneumonia e complicações cardíacas e renais, após ter sofrido há quatro anos um AVC.

Como jogador, Marinho, revelado pelo São Bento de Sorocaba, impressionou pelo vigor físico e ótima técnica, formando uma dupla de zaga praticamente imbatível ao lado do chileno Figueroa no Internacional.

Sempre zagueiro eficiente, jogou ao lado de Pelé no Santos e de Cruyff no Barcelona.

Foi capitão da seleção brasileira na Copa do Mundo de 1974, quando o Brasil foi quarto classificado.

Em Portugal, quem o conheceu, está a recordá-lo com saudade. Era um homem que respirava futebol. Competente e pessoa boa.

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