Brasileiras relatam como foi a passagem do ciclone Jasper na região norte de Queensland

Apesar da preparação para a chegada do fenômeno climático, pouca gente estava preparada para os dias de temporal severo que se seguiram depois do ciclone, relatam integrantes da comunidade de brasileiros. O Bureau de Metereologia tem sofrido críticas por supostas falhas de comunicação. Segundo moradora de Cairns, o clima de solidariedade e união para ajudar os afetados tem sido importante.

Quem vive na região norte de Queensland está acostumado com a temporada de ciclones tropicais na região, que dura de novembro a abril.

Segundo o Bureau de Metereologia, em média se formam 11 ciclones tropicais na costa do país a cada temporada, sendo que normalmente quatro deles chegam até a costa.

Fotos enviadas por Ana Gabriela Laverde em um dos dias de chuva em sua propriedade, na sequência da passagem do ciclone Jasper.

O primeiro da temporada ocorreu no fim de semana passado. O ciclone Jasper chegou ao litoral vindo do Pacífico trazendo consigo nuvens carregadíssimos em área que inclui Port Douglas e Cairns, causando a morte de ao menos uma pessoa e inundações que desalojaram milhares. além de blecautes e problemas de abastecimento de água potável.

Foi um ciclone de categoria 2 na escala que vai até 5 - isso quer dizer que seus ventos destrutivos variaram entre 126 e 164 quilômetros por hora.

Ana Gabriela Laverde, que vive próximo a Babinda, e uma das peruas de sua propriedade, que havia se perdido com os temporais.

O Bureau de Metereologia, a agência executiva do governo australiano para serviços metereológicos, está sob críticas com a condução dos alertas com a passagem do Jasper.

Muitos integrantes das comunidades locais afirmam terem sido pegos desprevenidos, pois as previsões não alertaram os residentes de maneira suficientemente adequada.

A SBS em Português conversou com duas brasileiras que vivem na região afetada pela passagem do Jasper.

Ana Cardozo vive no centro de Cairns.

Ana Cardozo mora no CBD de Cairns. Ela diz que a preparação sobre o ciclone foi bem feita. O problema veio depois, com a chuva torrencial.

Neste depoimento, ela também ressalta a solideriedade comunitária que tomou conta da cidade após a inundação.

Também ouvimos Ana Gabriela Laverde, que vive em uma propriedade rural próxima de Babinda, uma hora ao sul de Cairns.

No momento da conversa, ela estava isolada em seu terreno sem poder chegar até a vila mais próxima.

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