Os moradores de Queensland respiram aliviados após a primeira noite de isolamento domiciliar em Brisbane. Não houve nenhum novo caso comunitário da variante de COVID-19 do Reino Unido, que é altamente transmissível, entre sexta e sábado, segundo o governo estadual.
No entanto, a variante foi detectada em uma mulher que chegou a Brisbane de Victoria em um voo da Jetstar em 5 de janeiro.
As autoridades vitorianas liberaram-na para viajar após completar 10 dias de quarentena, mas desde então ela testou positivo na casa de sua família.
A diretora de saúde de Queensland, Jeannette Young, disse neste sábado que, entre aspas, "Esse é um risco muito, muito baixo, mas não é zero, então estamos apenas tomando todas essas precauções. No entanto, qualquer pessoa na área em torno de Maleny ou naquele voo, se desenvolver algum sintoma, pode vir imediatamente fazer o teste."
Queensland permanece em alerta máximo depois que uma funcionária de limpeza em um dos hotéis de quarentena de Brisbane foi diagnosticada com a variante do vírus altamente infecciosa do Reino Unido.
As autoridades acreditam que a mulher na casa dos 20 anos tenha sido infectada a partir de 2 de janeiro, e esteve ativa na comunidade.
Os residentes nas áreas dos conselhos de Brisbane, Logan, Ipswich, Moreton Bay e Redlands devem ficar em casa até às 18h de segunda-feira, exceto para trabalho e compras essenciais, exercícios, acesso a cuidados de saúde ou cuidar de vulneráveis.
Enquanto os habitantes de Queensland anseiam por um retorno à vida "normal" na noite de segunda-feira, Jeannette Young não se compromete.
"Temos que esperar para ver. Sei que é frustrante para as pessoas e peço desculpas por isso, mas temos que enfrentar isso dia a dia. Qualquer coisa é uma possibilidade, mas não direi qual é a probabilidade de qualquer cenário. Vimos em Sydney, com alguns períodos muito longos e, em seguida, outro caso apareceu. Só temos que aproveitar cada dia e obter a melhor informação que podemos ter. A melhor informação surge quando as pessoas fazem o teste."
O bloqueio de três dias gerou pânico nas compras na sexta-feira, quando multidões se aglomeraram nos supermercados retirando das prateleiras produtos de higiene, perecíveis e enlatados, com filas que se estendiam por centenas de metros.
As autoridades continuam a enfatizar que os supermercados permanecerão abertos e a compra de pânico é desnecessária.
"Sei que algumas pessoas estão preocupadas que isso possa ultrapassar três dias - independentemente disso, nunca fechamos nossos supermercados", disse a ministra da Saúde Yvette D'Ath.