Cachaça brasileira terá acesso mais fácil ao mercado da Austrália após fim de barreira

Cachaça

O Brasil exportou em 2022 o equivalente a 30 milhões de dólares australianos de cachaça para mais de cem países em 2022, segundo a Expocachaça. Os Estados Unidos representam 25% deste valor, seguido pela Alemanha e Portugal.

Negociação bilateral entre os países derrubou a norma que só permitia no mercado australiano a aguardente brasileira envelhecida em barril de madeira por no mínimo dois anos, reduzindo a comercialização do produto.


O brasileiro que vive na Austrália vai poder tomar uma caipirinha mais facilmente, e é possível que pague menos por isso. Um acordo selado entre os governos brasileiro e australiano derrubou uma diretriz alfandegária de Down Under que limitava a venda da mais tradicional bebida destilada do Brasil.

A informação foi divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores brasileiro na semana passada.

Esta norma previa que destilados à base de cana-de-açúcar, como a cachaça, pudessem entrar no mercado australiano somente se passassem em processo de envelhecimento em barril de madeira por no mínimo dois anos.

Essa diretriz inviabilizava a comercialização da maior parte das cachaças.

A negociação para o fim da barreira envolveu negociações bilaterais dos governos através da Embaixada do Brasil em Camberra e também na Organização Mundial do Comércio e, segundo pessoas por dentro do assunto, durou por volta de dez anos.

Segundo dados da Expocachaça, a feira anual dos produtores da aguardente brasileira, o Brasil exportou em 2022 o equivalente a 30 milhões de dólares australianos da bebida para mais de cem países. Os Estados Unidos representam 25% deste valor, seguido pela Alemanha e Portugal.

Se consideramos a exportação em volume, Paraguai e Alemanha são os maiores receptores de cachaça, com menos de 23% da exportação daquele ano cada um, seguidos pelos Estados Unidos, com 13%. A Austrália não aparecena lista dos dez maiores importadores.

Contudo, segundo o Sebrae, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, quase 90% dos produtores da aguardente são informais em um mercado em expansão. O Ibrac, Instituto Brasileiro da Cachaça, estima que a cadeia de produção do produto empregue por volta de 600 mil pessoas no Brasil.

Portanto, no futuro próximo, quem sabe não vai possível tomar uma capirinha com cachaça brasileira em um RSL perto de você.

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