Tudo isso está, por exemplo em 'Labirintos da Saudade', uma das obras de referência e que é uma pertinente e incisiva reflexão sobre Portugal, seus traumas e desejos
Eduardo Lourenço nasceu há 100 anos na aldeia de São Pedro de Rio Seco, a meia dúzia de quilómetros da fronteira luso-espanhola – estudou ciências histórico-filosóficas em Coimbra – foi estudioso e académico em Bordeus, em Hamburgo, em Heidelberga, em Montpelier, em Grenoble, atravessou o atlantico ao encontro da universidade de Salvador da Baia, voltou à Europa – para se fixar na universidade de Nice.
Sempre com um pé em França, outro mais pela Europa e sempre o coração em Portugal, na sociedade e na cultura portuguesa.
Eduardo Lourenço o professor que é o grande filósofo português do último século, um humanista infatigável, prodigioso analista clarividente, culto, da realidade, do tempo e das ideias, ensaísta a quem não escapou a quase totalidade das ciências sociais, que radiografou os labirintos da alma – ou da mentalidade – portuguesa, sempre também focado na poesia, na literatura.
É autor de dezenas de livros – de centenas de ensaios – como não poderia deixar de ser, sempre profundos.
Ligado a Eduardo Lourenço há sempre o sentimento de saudade – a urgência na falta do humanismo dele.
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