Custa a crer que estejamos em Portugal em fevereiro mês de inverno.
À hora de almoço desta última terça-feira, 22 de fevereiro, as tantas esplanadas de Lisboa estavam cheias de gente.
As vizinhas praias da Costa da Caparica e Carcavelos também cheias de banhistas.
O atual Presidente da República mora em Cascais, a 300 metros da praia. Ontem, antes de viajar para Haia para a inauguração de uma exposição da aclamada pintora Paula Rego, o presidente Marcelo não deixou de ir nadar nas praias de Cascais.
É inverno mas os termómetros apontam 25 graus centígrados. É bom para quem gosta de sol, é terrível para quem vive da agricultura.
Portugal está em seca severa. A chuva não aparece.
A situação de seca que o país vive será “o novo normal”, devido às alterações climáticas e a erros praticados na agricultura, defende o presidente da Liga para a Proteção da Natureza.
Neste momento, defende Jorge Palmeirim, devem aplicar-se cortes na água, especialmente ao setor agrícola, tomando como prioridade o abastecimento das populações.
A seca, alerta Palmeirim, não vai passar: “Vai piorar. A disponibilidade de água no sul do país vai diminuir e muito”.
O governo português prepara-se para, face à seca severa, decidir restrições a regas e lavagens na via pública. Mas com garantias de que a água não vai faltar nas torneiras domésticas.