Durante audiência pública no Rio de Janeiro nesta quarta-feira no Brasil, já madrugada de quinta-feira na Austrália, uma das testemunhas disse que Cecília Haddad tinha bloqueado o número do ex-namorado Mário Santoro e só estava se comunicando com ele por email, em inglês, para que a polícia australiana pudesse ler a troca de mensagens caso algo acontecesse com ela.
Outra testemunha disse ainda que Santoro passou a apresentar um comportamento bastante obsessivo e machista após o término da relação.
A mãe de Cecilia Haddad, Milu Muller, vai fornecer evidências sobre as mensagens do WhatsApp supostamente enviadas do telefone de Cecília por Santoro.
A próxima audiência está marcada para o dia 31 de outubro, às 17h, já manhã do dia 1 de novembro na Austrália, quando serão ouvidas outras testemunhas de acusação, além da mãe de Cecília.
A polícia australiana foi criticada por não entregar sua investigação formal sobre o assassinato de Cecília, apesar de fornecer detalhes gráficos de como Santoro supostamente a matou e jogou seu corpo no rio Lane Cove em abril.
A Divisão de Homicídios da Polícia Civil do Rio de Janeiro disse que Santoro havia "confessado" informalmente o que seus advogados disseram que poderia ser considerado um "crime passional".
No entanto, Santoro não admitiu o assassinato em nenhuma declaração formal e seus advogados disseram nesta quarta-feira que, na ausência de uma investigação policial completa por parte da Austrália, as provas contra ele eram boatos.
Santoro foi acusado de enviar mensagens do WhatsApp para a mãe de Cecília depois de matar sua filha.
“Minha querida Milu, meu Whatsapp não está funcionando. Fui ao shopping para fazer uma massagem."
A mensagem diz também que ela "não tinha se encontrado com Poca", que era o apelido pelo qual Santoro era conhecido e que estava "indo para as montanhas".
Falando à polícia durante a investigação, a mãe de Cecília disse que sentiu instintivamente que a mensagem não havia sido escrita por sua filha.