A equipa nacional portuguesa de homens estreou-se em 1921 e, desde aí, teve sempre continuidade que a conduziu a pódios internacionais.
Mesmo assim, movidas pelo amor à bola, muitas mulheres foram tentando alterar o panorama, procurando deixar para trás os anos em que um país que se gaba de ser de futebol praticamente vetava o acesso ao jogo a mais de metade da população. Esses esforços de décadas, levaram à agora primeira presença no grande palco global, neste Mundial na Austrália e Nova Zelândia.
A chegada ao Mundial segue-se às duas presenças consecutivas em fases finais de Europeus, em 2017 e 2021, as primeiras vezes que a equipa nacional feminina de Portugal esteve em grandes torneios internacionais.
Os tais avanços e recuos do final do século XX, foram trocados pela estabilidade: Francisco Neto é o selecionador desde 2014, e a base da equipa tem-se mantido a mesma de temporada para temporada.
Seguindo os esforços da Federação Portuguesa de Futebol e dos clubes para aumentar a base de recrutamento, o número de praticantes federadas (em futebol e futsal) disparou nos últimos anos, crescendo cerca de 113% numa década, das 6150 de 2013 para as 13.107 de 2022/23, a época que agora terminou.
A trajetória também tem sido constantemente ascendente no ranking FIFA, onde a seleção portuguesa estava fora das 40 melhores quando em 2014 Francisco Neto assumiu o cargo.
Pouco a pouco, lugares foram sendo galgados, o que também significa ir tendo sorteios mais favoráveis. A 21ª posição atual — 14ª entre as europeias — é a melhor de sempre. Olhando às adversárias no grupo, os EUA lideram a tabela mundial, os Países Baixos estão em 9º e o Vietname em 32º.
As portuguesas, no 21º posto estão a contar com grande apoio e entusiasmo no país, tanto que o primeiro-ministro António Costa fez uma viagem de 20 mil quilómetros para assistir na Nova Zelândia à estreia mundial das futebolistas portuguesas.
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