Não está ainda identificado algum exemplar em Portugal, mas os alertas estão lançados tanto no norte de Portugal (sobretudo no Minho e também em Trás-os-Montes) como na Galiza que é a região espanhola do outro lado da fronteira, territórios que são reconhecidos como irmãos, com grande afinidade. São regiões logo ao lado das Astúrias, a comunidade no norte de Espanha onde foram identificados primeiros exemplares na Península Ibérica desta vespa conhecida como Soror,
A Vespa soror é uma das maiores do mundo, distinguindo-se das restantes não só pelas cores, mas também pelo comprimento e largura do abdómen.
Esta soror também é de origem asiática e admite-se que tenha chegado à Europa como passageiro clandestino, durante a hibernação, em transporte naval de mercadorias.
Apresenta uma coloração peculiar, sendo que ambos os sexos são tricolores, com áreas pretas, castanho-escuro, castanho-claro e amarelas.
Esta espécie de vespa possui uma cabeça excecionalmente grande e, avisam os peritos, "é um predador agressivo que caça invertebrados de vários tamanhos, incluindo borboletas, libélulas, louva-a-deus e gafanhotos, bem como outras vespas e até mesmo pequenos vertebrados como lagartixas, para além de picar dolorosamente os humanos e outros seres de maior porte".
A Associação Apícola de Entre Minho e Lima (o território mais a norte de Portugal, entre os rios Minho e Lima, com grande riqueza agrícola, designadamente em vinha e na apicultura ara produção de mel com reconhecida alta qualidade) apelou às autoridades portuguesas que tomem "ações concretas e bem dirigidas" contra a ameaça de invasão desta nova vespa, considerada mais perigosa do que a asiática ou, no nome técnico, velutina.
A vespa velutina, vulgarmente conhecida por vespa asiática, entrou na Europa através do porto de Bordéus, em França, em 2004 e chegou ao Alto Minho em 2011. "As perdas apícolas pela presença desta espécie são uma realidade de milhões de euros", lastimam dirigentes agrícolas e apícolas do norte de Portugal. Temem que que "a presença da vespa soror na região Norte da Península Ibérica, onde a invasora vespa velutina é disseminada, pode ter um efeito cumulativo aumentado e até mesmo de crise de saúde pública como os problemas já desencadeados na última década pela vespa velutina".
O governo português está a acompanhar o alerta lançado para autoridades sanitárias e rurais, com laboratórios universitários também mobilizados.
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