Um relatório oficial atesta a importância dos trabalhadores estrangeiros na vida portuguesa: os imigrantes deram mais de 1600 milhões de lucro à Segurança Social de Portugal.
Os contribuições dos estrangeiros para a Segurança Social chegaram no ano passado 1861 milhões de euros e só beneficiaram de cerca de 257 milhões de euros. No total, os estrangeiros representaram 13,5% dos contribuintes do sistema de segurança social.
Os estrangeiros em Potugal têm uma taxa de atividade mais alta do que os portugueses, mas estão em trabalhos precários, mal pagos, mais arriscados, em sectores como a construção civil, a hotelaria e restauração e o serviço doméstico.
Estando em categorias abaixo das suas qualificações, também trabalham mais horas semanalmente do que os portugueses. No entanto, e apesar de terem uma taxa de desemprego mais do dobro da dos portugueses, e com menos contratos sem termo, recorrem muito menos às prestações da Segurança Social.
É por isso que em 2022 foram responsáveis por um saldo positivo de 1604,2 milhões de euros da Segurança Social. Com os imigrantes a pesarem 7,5% no total da população, aquele foi, de resto, “o valor mais elevado de sempre”, representando quase o dobro do que aconteceu quatro anos antes, em 2019, quando os estrangeiros representavam apenas 5,7% de todos os residentes.
Estes são alguns dos dados do mais recente relatório anual do Observatório das Migrações (OM), que acaba de estar disponível para marcar o Dia Internacional dos Migrantes. Analisa mais de 300 indicadores, amaioria relativos a 2022, e a sua diretora, Catarina Reis Oliveira, sublinha que “sem os imigrantes, alguns sectores económicos entrariam em colapso” em Portugal.
Para ouvir, clique no 'play' desta página, ou ouça no perfil da SBS Portuguese no seu agregador de podcasts preferido.
Siga ano , e ouça . Escute a às quartas-feiras e domingos.
Pode também fazer o download gratuito do aplicativo SBS Audio e siga SBS Portuguese. Usuários de iPhone – baixe o aplicativo aqui na Usuários de Android – baixe o aplicativo aqui no