A causa e os perrengues da viajante Nataly Castro, que já visitou sozinha 130 países e quer chegar a 200

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Nataly Castro está em Sydney, de onde vai partir para conhecer as últimas ilhas do Pacífico que ainda não visitou, antes de chegar à África, o último continente a explorar.

Mulher, negra e vinda de um país periférico como o Brasil, um de seus objetivos é mostrar, através do contato com culturas diferentes, que o mundo pode ser mais inclusivo e diverso, e abrir oportunidade para que outros jovens de baixa renda tenham bolsas de estudo no exterior. Nataly Castro está em Sydney, onde carimbou a Austrália como um dos 130 países visitados até agora, além de visitar o estúdio da SBS para esta entrevista.


Há dez anos, a então estudante de jornalismo Nataly Castro ganhou uma bolsa de estudos para estudar inglês na Irlanda. A oportunidade mudou sua vida: após viver em quatro países além do Brasil, está no meio de uma volta ao mundo na qual já conheceu 130 países e pretende carimbar o passaporte em 200 - ao menos, em todos os que são oficialmente reconhecidos pela ONU.

Ela pode se tornar a mulher a fazer isso mais rapidamente e entrar no Guiness, o Livro dos Recordes.
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Nataly Castro no Afeganistão: apesar da situação difícil das mulheres sob o Taleban, a brasileira foi autorizada a entrar sozinha no país e encontrou um povo acolhedor.
Sendo mulher, negra e vinda de um país periférico como o Brasil, a ideia é mostrar, através do contato com culturas diferentes, que o mundo pode ser mais inclusivo e diverso, e abrir oportunidade para que outros jovens de baixa renda tenham bolsas de estudo no exterior.

E para tal, tem patrocinadores, doações de pessoas que acompanham sua jornada, e também presença cada vez maior na mídia brasileira. E conta com o apoio de seus seguidores do Instagram, que, no momento, .
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Nataly Castro no estúdio da SBS em Sydney.
Falando assim, parece glamouroso, mas também tem uma dose alta de preocupações e perrengues.

Mas nada mal para uma jovem de 28 anos da Vila Carrão, de São Paulo, que passou a vida em escola pública e cursou jornalismo através de uma bolsa de estudos.

Viajar sozinha faz você apreciar sua própria companhia e descobrir habilidades e forças que talvez não descobrisse viajando em grupo
Nataly Castro

Nataly Castro está em Sydney e visitou o estúdio da SBS - isso porque a Austrália é o país da vez nessa trajetória.

Neste bate-papo, Nataly conta como esta história de dar a volta ao mundo começou. Ela conta ter se surpreendido positivamente no Afeganistão, onde as pessoas lhe trataram muito bem, apesar das restrições que o Taleban impõe às mulheres.
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Nataly Castro no Haití: a dor de conhecer um pais destroçado pela colonização e catástrofes contada em seu perfil no Instagram.
A viajante de São Paulo também conta os episódios agressivos de racismo que viveu na Hungria e em Belarus, mas se surpreendeu positivamente quanto a isso nos países da ex-Iugoslávia.

Entre muitas outras coisas, Nataly Castro conta que foi arrebatada pela comida do Oriente Médio, adorou as pessoas no Kuwait, conheceu uma banda famosa de Bangladesh por acaso em um aeroporto, e que deixou a África como último continente a ser explorado, pela simbologia negra e suas raízes com o Brasil.

Para ouvir a entrevista completa, clique no 'play' acima, ou procure o perfil da SBS Portuguese no seu agregador de podcasts favorito.


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