Quase todo o público, mais de 30 mil pessoas, nas bancadas do estádio de Alvalade, em Lisboa, o estádio do Sporting, puxava pelo Brasil, mas o final foi de deceção, o Senegal venceu 4-2.
Sentiu-se o cansaço de final de longa temporada em futebolistas brasileiros que jogam nos campeonatos europeus.
Alguns dos espectadores brasileiros que, apesar da derrota, aplaudiram o escrete, no final do jogo, perguntavam com um sorriso: quanto tempo falta para termos o Carlo anceloti ao comando da seleção do Brasil.
Há o amargo de depois da Copa do Mundo no Qatar, o Brasil em três jogos, ter perdido dois e ganho um, o do último fim de semana, 4-1 diante da seleção da Guiné, em Barcelona.
Nesse jogo em Espanha, a canarinha até entrou equipada em negro de protesto contra o racismo, mas divertiu-se a jogar. Em Lisboa, nem por isso, foi muito um desafio em final de tempo suplementar da temporada.
Único ponto comum ao desafio de Barcelona, os cartazes “Com racismo não tem jogo”, muito presentes em Lisboa. Nas bancadas ainda houve quem levasse o joelho ao solo enquanto eram entoados os hinos, correspondendo à atmosfera no estádio que era de absoluta recusa do racismo.
A seleção brasileira de final de temporada apareceu em Lisboa desorganizada, com a defesa desarticulada e com evidente falta de um goleador – sentiu-se a falta de Neymar, tal como se sentiu a falta do sentido de organização de Casemiro à frente da defesa.
Marquinhos foi o substituto de Casemiro e marcou dois golos, mas se um foi a favor, o outro foi contra.
Logo aos 10 minutos, a torcida vibrou com o toque de cabeça de Lucas Paquetá para golo, 1-0, a cruzamento de Vinicius.
Passados 10 minutos, 20 de jogo, o Senegal empatou e embalou: 1-2 (Marquinhos na própria baliza), 1-3, depois, aos 57 de jogo, Marquinhos redimiu-se, reduziu para 2-3, mas já no tempo de acréscimos, um penalti de Mané fixou o 4-2 final.
Há que reconhecer que a seleção do Senegal (18ª posição no ranking da FIFA) mostrou futebol vistoso com a inspiração goleadora de Mané, estrela no Bayern de Munique.
Bem pertinho do estádio há um restaurante de rodízios. No final do jogo encheu-se de brasileiros, tudo em boa onda, perder é um acidente, houve música brasileira ao vivo, ouviram-se gargalhadas mas mais gente a perguntar quanto falta para chegar um comandante à canarinha.
Ouviu-se reconhecimento geral que Ederson até evitou que o Brasil sofresse mais golos, o jovem Vinicius até mostrou arte de bola mas não foi retumbante como em jogos pelo Real Madrid. Também constatado que o futebol da canarinha ganhou mais ritmo quando entraram futebolistas do campeonato brasileiro, caso de Rony e Pedro. Lá está, é gente que não está com as pilhas esgotadas de uma longa e dura temporada europeia.
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