A banda australiana sobe ao palco na segunda semifinal na manhã de sexta-feira, horário australiano.
Eles têm apenas três minutos para impressionar milhões de europeus com seu épico powerpop metal progressivo.
Danny Estrin é o vocalista da Voyager.
“Se alguém me dissesse que há 20 anos uma banda de synth metal progressivo de Perth estaria no palco do Eurovision, eu diria 'você está sonhando, cara'. Isso é fenomenal.”
Danny é roqueiro à noite, mas durante o dia, ele é um importante advogado de imigração.

Danny Estrin, vocalista da banda Voyager, é também advogado de imigração. Source: AAP / Aaron Chown/PA/Alamy
Acho que sou o primeiro advogado a participar! Sei que San Marino enviou um dentista há algum tempo, mas estou bastante confiante em dizer que sou o único advogado de imigração que participou do concurso.Danny Estrin, vocalista da banda Voyager.
Voyager é a primeira banda a representar a Austrália no concurso, após anos de artistas solo.
O baterista Ash diz que era hora de uma mudança.
“As bandas em geral, e principalmente as bandas que são um pouco mais pesadas, fazem grandes apresentações. Isso porque a gente tem uma noção do palco como um todo.”
O aspecto teatral da apresentação do grupo australiano é um dos grandes diferenciais.
Poucos representates do Eurovisão colocaram um Toyota MR2 de 1988 no palco.
“Na verdade, eu tenho um que é exatamente o mesmo, está nos clipes da Voyager. Logisticamente, foi um pouco difícil colocar um carro igual ao meu no palco, mas encontramos algumas pessoas incríveis na comunidade MR2 do Reino Unido que foram capazes de fazer isso acontecer", conta Danny.
A parte artística da apresentação é um desafio único para a guitarrista Simone, que sofre de fortes enxaquecas.
Ela usará óculos especiais para lidar com as luzes.
“Os óculos não vão cortar os efeitos das luzes piscantes, mas ajuda com algumas das outras luzes. Também vou tentar fechar os olhos quando não estiver em cena.”
Embora muitos artistas da Eurovisão achem a ideia de se apresentar para milhões de espectadores um pouco assustadora, esses veteranos não estão nem um pouco nervosos.
Não estou nervoso, estou empolgado, parece que estamos exatamente onde deveríamos estar.Alex, baixista da Voyager.
Ash também diz estar bastante confiante.
“Eu estava pensando esta manhã no elevador como se tivéssemos sidos feitos para isso. Podemos continuar fazendo isso para sempre.”
Os integrantes da banda Voyager não são os únicos australianos na Eurovisão deste ano.
O australiano Andrew Lambrou representará o Chipre.
Antes do concurso, ele viajou para lá para visitar a aldeia de seus avós e se conectar com suas raízes.
“Sou australiano com muito orgulho e um cipriota muito orgulhoso também. E para mim, entender as tradições e valores da minha família e vert tudo isso de perto no Chipre foi extremamente importante.”
A Eurovisão 2023 é - mais do que qualquer outro ano - sobre a união dos países participantes.
O Reino Unido está sediando o concurso deste ano em nome dos vencedores do ano passado, a Ucrânia e os produtores do programa dizem estar conscientes do fato de que a cultura ucraniana deve ser adequadamente representada no palco de Liverpool.
Martin Osterdahl é o Supervisor Executivo da Eurovisão.
“Quando todos viram o logotipo do evento deste ano, colocando a bandeira ucraniana no símbolo do coração do logotipo da Eurovisão, nós e a BBC realmente quisemos dizer que abraçaríamos totalmente a vitória da Ucrânia e isso pode ser visto em todas as partes das apresentações. A cultura ucraniana está bem representada.”
Quanto aos rumores de uma aparição do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, Osterdahl deixa o mistério no ar.
“Não posso revelar os segredos da Eurovisão, desculpe.”
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