O mundo comemorou unido o centenário do fim da Primeira Guerra Mundial

Paris

Melania Trump, Donald Trump, Angela Merkel, Emmanuel Macron, Brigitte Macron, Vladimir Putin and Peter Cosgrove Source: AAP Image/ Jacques Witt/Pool/ABACAPRESS.COM

Comemorações aconteceram mundo afora marcando os cem anos desde o fim da Primeira Guerra Mundial: aqui na Austrália o primeiro-ministro Scott Morrison e o líder da oposição, Bill Shorten, fizeram discursos no Memorial de Guerra em Camberra, construído originalmente para homenagear os que morreram na Primeira Guerra Mundial.


No estado de Vitória, ambos o governo do partido Trabalhista e a coalisão Liberal/Nacional na oposição pararam neste domingo com as suas campanhas eleitorais em sinal de respeito.

O Governador Geral da Austrália, Peter Cosgrove, representante da Rainha Elizabete no país, seguiu à França para participar das celebrações no Arco do Triunfo, em Paris.

O Presidente da França Emmanuel Macron e a chanceler alemã Angela Merkel marcaram a data em Paris e seguiram ao norte do país, ao local onde o armistício foi assinado, em 1918, lembrando os 17 milhões de soldados que morreram.

Muitas das piores batalhas da guerra aconteceram nas trincheiras ao norte da França e da Bélgica.

Ainda neste domingo, ao redor de 70 líderes mundiais participaram das celebrações em Paris.

Em meio às celebrações, o presidente francês Emmanuel Macron e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, concordaram na necessidade da Europa colocar mais recursos na sua defesa.

Isso após um tuíte do presidente Donald Trump descrevendo o apelo de Macron por um exército europeu como "um grande insulto".

Os dois líderes estiveram reunidos em Paris antes das celebrações do centenário do fim da Primeira Guerra Mundial, mas foi um encontro frio.

Emmanuel Macron falou da necessidade da Europa defender a si mesma sem depender somente dos EUA: 

Macron: "It's unfair to have the European security today being assured just by the United States and we need a much better burden sharing." 

Trump: "I appreciate what you're saying about burden sharing and you know what my attitude's been and we want a strong Europe."

Na Austrália, o premiê do estado de Vitória, Daniel Andrews, pediu às pessoas que fossem às ruas marcar o centenário do fim da guerra apesar do ataque na Rua Bourke, na sexta-feira.

Hassan Khalif Shire Ali, australiano nascido na Somália, de 30 anos e que já era conhecido das autoridades, colocou fogo num carro e esfaqueou três pessoas, matando uma.

A polícia insiste que não há nenhum perigo nem ameaça de segurança no momento, mas a segurança nas ruas da cidade foi aumentada.

Daniel Andrews disse que a melhor maneira de condenar a violência é comemorar aqueles que defenderam a liberdade: 

"Remembrance Day each year is so, so important but the centenary is particularly important - an opportunity for us to affirm those values and to say thank you to all those who gave so much - paid the ultimate sacrifice for the freedoms that we enjoy."

Ambos os lados da política australiana condenaram o extremismo islâmico após o ataque da Rua Bourke, em Melbourne.

O primeiro-ministro Scott Morrison disse que não podia ficar calado sobre o que ele chamou de ideologia radical e perigosa de um setor extremista do islã:

"I've got to address the real issue. I've got to call it out. Radical, violent, extremist Islam that opposes our very way of life."

O líder da oposição, Bill Shorten, disse que as autoridade tem que ser  implacáveis contra aqueles que cometem atos terríveis:

"Ever since 2014, the security threat in Australia has been upgraded. I've worked with prime ministers Abbott and Turnbull and now Morrison and we've all shared the same desire to do everything we can to oppose the violent Islamic extremist message which has become prevalent in a very small part of a radicalized minority."

Share