Portugal celebra o centenário do mestre do surrealismo, poeta Mário Cesariny

Foto de Mário Cesariny

Poeta surrealista Mário Cesariny de Vasconcelos nasceu em Lisboa em 1923 e morreu em 2006.

Multiplicam-se em Portugal as celebrações do centenário do nascimento de um mestre do surrealismo, Mário Cesariny, poeta e artista plástico.


Mário Cesariny sentava-se no eléctrico em um qualquer percurso lisboeta, por exemplo o que vai da Graça aos Prazeres, passando pela Baixa e pelo Chiado, punha a folha de papel nos joelhos e deixava que o lápis desenhasse ao ritmo dos solavancos pelos carris de Lisboa.

Chamou-lhes sismografias; Mário Cesariny não se revia nas disciplinas tradicionais das artes plásticas, como a pintura ou a escultura.

A pintura de Mário Cesariny, regeu-se pela constante invenção de métodos, formas e técnicas, tendo afirmado sobre si próprio, pouco tempo antes de morrer, que era ele o único capitão da sua própria alma.

Comecei por focar Cesariny artista plástico, mas ele também é o extraordinário poeta de Manual de Prestidigitação (1956) e Pena Capital (1957)

Mário Cesariny é um dos grandes poetas da língua, mas o seu trajecto como poeta também é peculiar, já que o seu período criativo resume-se, no essencial, a duas décadas, e atinge o seu apogeu absoluto (se não o apogeu da poesia portuguesa do seu tempo) nos livros que publicou na segunda metade dos anos 50, sobretudo o já referido Manual de Prestidigitação (1956), a Pena Capital (1957) e a Nobilíssima Visão (1959).

O espírito de vanguarda impregna tudo em que Cesariny mexeu e criou.

Siga ano e ouça . Escute a ao vivo às quartas-feiras e domingos.

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