Verificou-se na primeira metade de maio um aumento significativo da área e da intensidade em seca meteorológica; a região nordeste interior, habitualmente húmida e resistente à seca por ter muitos rios afluentes do Douro, entrou em seca moderada.
No entanto, a metade sul de Portugal com os distritos de Setúbal, Évora, Beja e Faro neste tempo que ainda é de meio da primavera, já está em seca severa a extrema.
No final de Abril, 89% do território estava em seca, com 34% nas classes de seca severa e extrema.
A investigadora Maria José Roxo, professora catedrática na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, alerta-nos mesmo, o clima desértico do norte de África está a avançar sobre a Península Ibérica, é uma erosão que já está no sul de Espanha, sobretudo na Andaluzia, e que avança sobre o sul de Portugal, em especial sobre o Alentejo
A investigadora da Faculdade de Ciências de Lisboa adverte que a tendência para erosão não é passageira, está instalada e a crescer.
Nas últimas duas semanas tudo se agravou.
Várias barragens estão em alerta máximo para escassez, três das albufeiras, as de Campilhas e Monte da Rocha, na bacia hidrográfica do Sado, e a do Arade, no Barlavento algarvio estão em situação crítica, com um valor igual ou inferior a 13% do volume total armazenado.
Os laranjais do Algarve tal como as amendoeiras e o excelente olival do Alentejo estão com escassez de água.
Crítica a situação de ovelhas, cabras, bois e vacas. Escasseia alimento e água
A seca já teve repercussão direta no montado, utilizado pelos produtores na chamada "fase de montanheira", entre Outubro e Março, para engordar os animais com uma alimentação à base de bolota.
O sul está a ficar a seco e a seca a alastrar.
O governo já está a decidir medidas d emergência para apoio aos agricultores. Camiões cisterna vão tentar realimentar barragens. Vai haver recurso a água de dessalinização.
Mas o abastecimento doméstico é declarado como garantido.
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