Balanço da COP 28: seria o início do fim dos combustíveis fósseis?

COP28 Climate Summit

O presidente da COP28, Sultan al-Jaber, participa de uma sessão plenária de balanço na Cúpula do Clima. Source: AAP / Peter Dejong/AP

O entusiasmo pela surpresa do acordo entre 197 países imediatamente definido como histórico porque nos subentendidos aponta ao fim do tempo dos fósseis.


Pela primeira vez a COP mencionou a transição para um tempo sem combustíveis fósseis ainda que a não definição de etapas alimente vias de fuga.

Seja como for – a COP 28 mostra que quando a China e os Estados Unidos decidem cooperar e entender-se o mundo avança para bom caminho.

Este acordo que tem em fundo a transição para as energias renováveis, quase faz desprezar um outro acordo chamado ‘loss and damange’ nesta conferência que cria uma arquitetura financeira para acautelar compensações por perdas e danos de países mais vulneráveis às alterações climáticas.

Sobretudo pequenos paísesa oceânicos, ilhas e arquipélagos, e isto num ano – que de facto também tem notícias boas.

Como foi a do pacto – em março – para preservação da biodiversidade marinha, conservar e utilizar os mares, oceanos e recursos marítimos de forma sustentável.

Estão em criação pelo planeta, os santuários marinhos – para proteção da biodiversidade. Aliás surge a questão, porque é que o planeta se chama terra.

Uma vez que a maior parte da superfície é água, mar, oceano – no que é de fato o pulmão do planeta.

É também através dos mares que cresceram grandes e pequenos iimpérios.

Portugal conhece bem essa história e isto leva-nos a uma questão, oO que é que fez Portugal abandonar o mar, seja ao ficar com a marinha mercante reduzida a mínimos, seja ao deixar afundar os estaleiros navais, mesmo ao ver o esforço de pesca ficar quase sem rede.

A conversa com um perito, Alvaro Garrido – professor catedrático, diretor da faculdade de economia da Universidade de Coimbra e investigador sobre assuntos do mar.

Ajuda-nos a entender – o naufrágio há meio século – da relação entre Portugal e o mar. Primeira causa – o trauma causado pelo anterior regime .

“É facto, que ainda nos anos 70, a negociação da adesão de Portugal à então comunidade europeia

limitou as ambições portuguesas na ligação com o mar. Assim ficou instalado um vazio na política marítima portuguesa, que no entanto viria a ressurgir.

“Em 98 – com a expo – que teve os oceanos como tema e com um novo programa doutrinário, já tinha ficado perdida a industria da construção naval,” analisa Garrido.

Acompanhe a entrevista clicando no botão play no topo da página.

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