Ceticismo na COP29 em Baku transfere esperanças para COP30 em Belém do Pará

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O presidente da COP29, Mukhtar Babayev, descreveu as negociações climáticas da ONU em Baku como um "momento da verdade" para o Acordo de Paris. Source: Getty / Alexander Nemenov

A previsão é de mau tempo sobre os resultados da COP 29 conferencia anual da ONU chamada para salvar o planeta e que agora está a começar em Baku, capital do Azerbaidjão com milhares de participantes de todo o mundo, políticos, gestores, cientistas, também muitos lóbis pró e contra o petróleo não faltam causas para inquietação a febre do planeta nunca esteve tão alta – 2024 é o ano mais quente desde que há registos.


E a necessidade de muito mais tratamento dos males. Está confrontada com a eleição nos Estados Unidos da América do presidente que na anterior temporada na casa branca de Washington.

Foi tão hostil à proteção do clima que retirou o país do Acordo de Paris é muito celebrado compromisso assumido na capital francesa em 2015 por todas as nações do mundo – para tomada de medidas de desenvolvimento sustentável que permitam travar as alterações climáticas e mitigar os efeitos desta emergência provocada pela ação humana com economia carbonizada e tão danosas emissões de gases contaminantes.

O saber dos cientistas está há muito a alertar-nos para os devastadores efeitos das alterações climáticas, no entanto, há muita gente que continua a negar esta ameaça. E alguns desses negacionistas estão à volta do agora retornado Donald Trump (o povo às vezes engana-se, comenta à Rádio France Info um dos cientistas climáticos presentes nesta COP), mas não é só a gente de Trump.

Há muitos interesses poderosos pelo mundo, sobretudo a gente da energia fóssil. Em países produtores de petróleo, para quem o que conta é o lucro imediato ou de curto prazo, o futuro – paciência, isto de todos.

Estarmos desgraçadamente a constatar que esse futuro já aí está é que os avisos repetidamente lançados pelos cientistas para fenômenos meteorológicos extremos.

Cada vez mais intensos e mais frequentes, já aí estão realidades neste nosso tempo. Todos acompanhamos o pavor da chamada gota fria dana que há duas semanas desabou apocalipse à volta de Valência.

Antes tinha sido o pior dos ciclones a espalhar caos pela costa atlântica no sul dos Estados Unidos ainda no verão cheias tremendas na Europa Central é a seca em vastas regiões de África, que ameaça cada vez mais atravessar o mediterrâneo é a confirmação do alertado pelos cientistas – uma realidade que reclama ação.

É para organizar essa necessidade que há estas conferencias anuais da ONU as COP, iniciais em inglês de conferência das partes a COP que prometeu muito e trouxe as decisões certas foi a tal COP 21 em 2015 em Paris o problema é que grande parte das boas decisões tomadas está por cumprir no ano passado na COP28, no Dubai.

Houve mais um compromisso tímido, o de saída gradual do combustível fóssil gradual, mas sem prazos. Agora, a questão essencial nesta COP29 em Baku, capital do Azerbaidjão com economia assente no petróleo, é o problema principal nesta COP29.

É ajustar compromissos e prazos para que os países industrializados, os países ricos, assumam a obrigação de eliminar as emissões contaminantes, avançar, portanto, com a transição energética.

E é também compromisso de apoio financeiro aos países em desenvolvimento para poderem também sair da economia do petróleo e do carvão, este chamado financiamento climático é visto pelos peritos em desenvolvimento sustentável como, obrigação moral absoluta necessidade prática, mas realidade geopolítica global.

Aponta grande pessimismo, daí a previsão de mau tempo sobre os resultados desta COP de Baku. Talvez o Brasil consiga algum bom progresso no próximo ano, a COP30 em Belém do Pará, com a inspiração do Amazonas.

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