COP27 no Egito: a conferência do clima que discute o futuro do planeta

Steam rises from a coal-fired power plant with wind turbines nearby.

A COP27 será realizada entre os dias 6 e 18 de novembro, em Sharm El Sheikh, no Egito Source: AAP / Michael Probst

Representantes de praticamente todo o mundo estão a partir deste domingo reunidos, numa estância turística do Egito (Charm-el-Cheik) à cabeceira do nosso planeta terra.


É a reunião anual COP, promovida pela ONU, que tem na agenda a questão talvez mais crítica do nosso tempo: como proteger-nos a todos dos efeitos das alterações climáticas.

A realidade mostra que a ação tem de ser urgente. Tomemos como exemplos:

Entre as 1154 preciosidades que a UNESCO classifica como património da humanidade há 50 sitios na lista pla magnificência dos glaciares que têm todo esse património está sob observação de peritos uma equipa multidisciplinar de cientistas está focada nestes últimos anos – precisamente nesses gigantes de gelo.
Na aparência – inabaláveis - imperturbáveis ao passar dos tempos é a aparência, não é a realidade, as piores inundações na memória do Paquistão que neste agosto causaram a morte de um número ainda por apurar de pessoas – e alagaram mais de 30 milhões em desesperada emergência.

As enchentes tiveram parte da origem em águas torrenciais que rebentaram sobre a vasta planura quando temperaturas acima de 50º C aceleraram o derretimento de glaciares na parte mais ocidental da cordilheira dos Himalaias.

O vale glaciar de Uppsala na Patagonia, Argentina, é enorme, 55kms de extensão, mas nos 22 anos que leva este século já recuou – mostram as imagens satélite 4 quilómetros – desde o ano 2000.

Agora, a UNESCO, com base nos relatórios que recebeu das equipas de cientistas que analisam os glaciares – acaba de nos abalar com a informação de que um terço dos glaciares que são património da humanidade – vai desaparecer nos próximos 30 anos e o que é explicado é que essa extinção não depende da nossa passividade perante a emergência climática…

Não – o que os cientistas dizem é que o derretimento está muito avançado e já é irreversível… E onde é que estão esses glaciares?

Em Itália, os glaciares dos Dolomitas.

Nos Pirenéus – o glaciar do Monte Perdido, mais pequeno a cada dia que passa.

O mesmo com os glaciares nos parques de Yellowstone e Yosemite, na América, também no Kilimanjaro das famosas neves em África

O relatório da UNESCO avança um número: estão a derreter-se em cada ano 58 mil milhões de toneladas de gelo.

Agora – mesmo os antes mais céticos já não terão dúvida de que estamos mesmo perante uma séria emergência climática…

Só no caso europeu – toda a gente sentiu o peso da canícula deste verão – e a meio do outono, há uma semana, no último sábado, 33º tanto em Granada como em Malaga, Espanha, 30 nas praias francesas de Biarritz…

Nunca uma COP das Nações Unidas terá estado pressionada por tão forte pressão da emergência climática.

As COP ou conferencia das partes juntam lideres políticos, empresariais, cientistas, ativistas – são de facto milhares de pessoas que, ao longo de 12 dias discutem – como está a crise climática – e o que fazer com ela.

A primeira COP realizou-se em 95, em Berlim, na sequencia da cimeira da terra, rio 92 – e neste fim de semana começa na estância turística egipcia de Sharm el Sheik, a 27ª COP.

A mais celebrada de todas – pelos bons compromissos alcançados – é a COP 21, em 2015, em Paris.

Há um ano, na COP26, em Glasgow, as expetativas eram bnaixas – mas houve a surpresa de compromisso dos países participantes com medidas para conter – a continuada subida de temperatura.

Uma das questões nesta cop27 - é avaliar se os países estão a fazer o que prometeram.

Aqui está relembrado que – apesar das outras crises – a energética, a inflação, a guerra - temos de nos preparar para o que constatámos este ano – as alterações climáticas – e tudo começa por sabnermos adaptar-nos a esta realidade.

Está para se ver que compromisso climático vai ser o da Rússia, a China parece com empenho na descarbonização possível, a Australia – com novo governo – também passou para o campo da cooperação – e o mesmo há-de vir do Brasil de Lula.

As circunstâncias de um planeta com guerras – mas também em emergência climatica – impõem a esta COP 27 que tome decisões.

A concretização do financiamento da transição nos países pobres é uma delas.

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