No primeiro episódio desta série sobre o luto e a luta do imigrante, contamos histórias sobre algumas das muitas dificuldades psicológicas que enfrentamos no novo país.
Questões relacionadas a adaptação e a solidão, que, principalmente no começo da jornada, permeia absolutamente tudo na vida de muita gente.
'A Luta e o Luto do Imigrante'

SBS em Português apresenta a nova série 'O Luto e a Luta do Imigrante'
Obviamente, não de todo mundo, mas, sim, de muitos.
Cada pessoa, claro, reage de um modo diferente os desafios psicológicos da experiência de imigrar.
Para uns, bate aos poucos e vai crescendo, até se tornar um peso diário.
Tobias Mallmann e a parceira Joana Bortolini.
Para uns, bate aos poucos e vai crescendo, até se tornar um peso diário.
Há também os que sentem a solidão ou a depressão já existentes se intensificar.
Para outros, é avassalador. Pode bater de cara, logo no início, ou quando a pessoa já deu vários passos importantes na vida de imigrante.
Mas, quando bate, ela bate mesmo.
É como se as raízes que você deixou para trás no antigo país, do qual a sua vida até então foi calcada, não funcionassem mais no novo país.
E há este hiato temporal no qual as raízes que você constroi no novo país ainda não estão plenamente desenvolvidas.
É um hiato que pode levar meses, anos, ou, como alguns da velha guarda na Austrália dizem, pode nunca se fechar completamente.
Mas a gente se adapta.
Este segundo episódio da série O luto e a luta do imigrante começou com um post no Facebook em 2 de junho de 2023.
As muitas páginas e grupos de brasileiros em Sydney na plataforma são pontos de pedidos de ajuda, dúvidas, polêmicas.
Naquele dia, havia em uma destas páginas um depoimento que destoava dos outros posts, escrito por um brasileiro de Lajeado, no Rio Grande do Sul, chamado Tobias Mallmann.
Nele, Tobias contava como depois de oito anos na Austrália, trabalhando em obras, dirigindo caminhão e ralando como aprendiz de cozinha e depois chef em diversos restaurantes, já como residente permanente, ele teve um pico de depressão que o obrigou a se internar na ala psiquiátrica de um hospital de Sydney.
Hoje, ele se recuperou e é dono de dois cafés nas Northern Beaches de Sydney.
Nesta conversa, Tobias Mallmann conta como quicou no fundo do poço mental, mas se recuperou, muito por conta do apoio de sua parceira Joana Bortolini.
E também porque encontrou em seu trabalho um propósito para progredir.
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