O desafio de ser mãe na Austrália longe da rede de apoio familiar

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Liviane Maria Rezende Vilela (esq.), Mariana Ubaldino e Ana Margarida Mendes contam os dilemas de ter filhos na Austrália, longe da rede de apoio familiar em seus países.

A gravidez, o parto e o puerpério acrescentam alguns graus de dificuldade na vida de imigrante, mas lidar com as questões da maternidade distante é plenamente viável. Nesta reportagem da série 'A Luta e o Luto do Imigrante', ouvimos duas brasileiras e uma portuguesa, mães em Down Under, e também uma psicóloga, sobre a experiência. Saiba as dificuldades pelas quais passaram e também os cuidados que podem ajudar na jornada.


Se a experiência de imigrar impõe duros desafios à maioria das pessoas, ser mãe no novo país leva a experiência a um novo patamar.
Primeiro, aquela rede de apoio habitual da família e dos amigos da vida toda costuma ser reduzida a nada, ou quase nada, pelo menos no dia a dia.
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Ana Margarida Mendes, de Sydney: quando o segundo filho nasceu, o primeiro foi junto para o hospital, porque não havia com quem deixá-lo.
A gravidez, o parto, o puerpério. A criança nasce e cresce e os parentes que no país de origem o rodeariam podem ser apenas imagens numa tela de telefone celular.

Segundo, ter um filho no exterior, em uma cultura diferente, muitas vezes que mal conhecemos, traz dilemas práticos e existenciais.

Que língua a criança vai falar? Como equilibrar os laços culturais dos pais e o do novo país?
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Mariana Ubaldino: o filho Davi nasceu em meio e precisou de tratamento intensivo no hospital que havia acabado de ter surto de COVID-19. Mas tudo deu certo no final.
São perguntas importantes que fizeram e fazem parte da vida de muitas brasileiras e portuguesas por aqui.

E o questionamento se adensa quando a mãe e o pai vêm de países diferentes.

Mas a verdade é que, apesar dos perrengues, dá-se um jeito. Dá pra conciliar tudo, criar a sua própria rede de apoio e ser feliz em família na Austrália.
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Liviane Maria Rezende Vilela conta como navegou pela depressão pós-parto sem ter nenhum parente por perto além do marido Lukas.
Neste terceiro episódio da série "A luta e o luto do imigrante", conversamos com mães que contam como lidaram com o processo de maternidade longe da rede de apoio habitual: a portuguesa Ana Margarida Mendes,de Sydney, e as brasileiras (e mineiras) Mariana Ubaldino, de Camberra, e Liviane Maria Rezende Vilela, de Melbourne.

Também ouvimos o ponto de vista de uma especialista, a psicóloga Patrícia Martins, brasileira em Melbourne e também mãe na Austrália.
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A psicóloga Patrícia Martins: "Quando a gente fala em maternidade no novo país, está falando da mudança do estilo de vida, na dinâmica de funcionamento do casal, o que pode ser muito mais difícil em um contexto em que não thá família por perto".
Se é preciso uma vila inteira para criar uma criança, as mulheres que vamos ouvir criaram e ainda criam suas próprias vilas do outro lado do mundo.

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