Uns estudantes que são ativistas pelo clima atiraram ovos com tinta verde ao ministro do Ambiente, outros bloquearam eixos rodoviários. Uma rua junto ao parlamento, também o principal eixo circular de Lisboa. Há outros que cercaram o edifício sede do governo e obrigaram a atrasar a reunião do Conselho de Ministros.
Diferentes protestos climáticos têm ocorrido nos últimos dias em Portugal, todos em prol da mesma causa – o fim do uso de combustíveis fósseis –, mas há diferentes grupos a planear e a pôr em prática estas acções. Um exemplo: o colectivo que atirou ovos com tinta verde ao ministro Duarte Cordeiro, que tutela a pasta do Ambiente, não é o mesmo que interrompeu o trânsito na Segunda Circular de Lisboa.
Há dois grupos principais, formados por estudantes entre 16 e 23 anos, a organizar protestos a exigir do Governo medidas de mitigação mais robustas: Greve Climática Estudantil (GCE) e Climáximo. Ambos se inserem no movimento pela justiça climática, tanto nacional como internacionalmente.
A GCE tem duas reivindicações: o fim do uso de combustível fóssil em Portugal até 2030 e electricidade de fontes 100% renováveis e acessível a todos até 2025. A Climáximo, cujas acções são apoiadas pela GCE, cultiva a desobediência civil. É quem está mais nos cortes de estrada que tanto irrita muitos automobilistas, sobretudo condutores profissionais.
Em todos os casos a polícia aparece e faz detenções, mas logo outros ativistas tomam o testemunho em ações surpresa.
“Não dar paz ao Governo até que se comprometa a que este inverno seja o último em que é usado gás metano para produzir eletricidade”. Esta é a promessa repetida pelo grupo Greve Climática Estudantil, gritando palavras de ordem como “sem futuro não há paz”.
Os seguidores de Greta Thunberg estão a ser protagonistas em Portugal, com protestos radicais contra a energia fóssil. Assumem que vão continuar a perturbar.
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