Seis jovens preparam-se para comparecer perante o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, argumentando que as políticas tomadas pelas Nações Europeias contra as alterações climáticas são insuficientes.
Os requerentes, com idades entre os 11 e os 24 anos, são todos portugueses e têm a intenção de forçar os governos a reajustar radicalmente as suas políticas climáticas e a reduzir as suas emissões.

Da esquerda para a direita: Sofia dos Santos Oliveira (18 anos), Martim Agostinho (20 anos), André dos Santos Oliveira (15 anos), Cláudia Agostinho (24 anos), Catarina dos Santos Mota (23 anos) e Mariana Agostinho (11 anos). Imagem do jornal online SAPO - Capital Verde
Sofia diz que foi isso que levou ambos a sentirem que está na hora de levantar a voz e agir:
Em 2017, nós queríamos provocar uma reação, eu tinha 12 anos e o André 9, porque achámos que era a melhor altura já que começámos a sentir uma grande ansiedade climática e achámos que era agora ou nunca para fazermos ouvir a nossa voz.Diz Sofia Oliveira
O que foi descrito como a maior ação legal climática do mundo coincide com os apelos da Agência Internacional de Energia para a redução significativa nos combustíveis fósseis.
A agência afirma que o crescimento recorde na tecnologia de energia limpa significa que ainda é possível limitar o aquecimento global a 1.5 graus.
O Diretor Executivo da Agência Internacional de Energia, Fatih Birol, fez uma atualização do 'Roteiro Net Zero' da organização, a qual propõe cenários para atingir o objetivo de emissões líquidas zero até 2050.
Birol diz que, de todas as fontes de energia limpa, a que teve um crescimento mais significativo foi a da energia solar.
Posso dizer que pelo menos duas grandes tecnologias de energia limpa estão a evoluir muito bem. Uma delas é a energia solar, a qual se tornou a rainha dos mercados de eletricidade.Diz Fatih Birol
Apesar deste crescimento, Birol diz que ainda há um longo caminho a percorrer para reduzir os impactos das alterações climáticas.
Entre as principais questões que ainda precisam de ser abordadas e resolvidas, está a dependência excessiva dos combustíveis fósseis.
Birol diz que todas as nações do mundo devem trabalhar mais e melhor para limitar o seu uso.
Se quisermos reduzir as emissões dos combustíveis fósseis, temos de reduzir a sua utilização. É tão simples. E os nossos números mostram que, se quisermos atingir a meta de 1.5 graus em 2050, a utilização real dos combustíveis fósseis terá de diminuir para perto de 25% - entre agora e 2030.Diz Birol
Birol diz que todas as nações desenvolvidas que estabeleceram as suas metas líquidas zero para 2050 terão que efetivar o seu plano.
A Agência Internacional de Energia afirma que para as metas estabelecidas serem cumpridas, o mundo precisa de investir mais de 7 biliões de dólares/ano na transição para energias mais limpas, já a partir do início da próxima década, e acima de 2.8 biliões de dólares já esperados em 2023.
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