Juiz poderá autorizar a publicação de vídeo de Bolsonaro dizendo que "a barca está afundando"

Brazil President Jair Bolsonaro Participates In Rally Against the Congress and the Supreme Court Amidst the Coronavirus (COVID - 19) Pandemic

Brazilian President Jair Bolsonaro participating in an anti-lockdown rally earlier this month. Source: Getty

Fontes que tiveram acesso ao vídeo, segundo a mídia brasileira, avaliaram que o material é "devastador" para o presidente Jair Bolsonaro, e o ministro Celso de Mello, do STF, poderá autorizar a divulgação do vídeo, caso considere pertinente.


No Brasil, Celso de Mello, ministro do STF/Supremo Tribunal Federal, vai assistir amanhã, segunda-feira, 18 de maio, o vídeo que comprovaria acusações de Sérgio Moro contra o presidente Jair Bolsonaro.

O vídeo, da reunião ministerial do dia 22 de abril,  faz parte do inquérito que investiga as declarações do ex-ministro da Justiça Sérgio Moro sobre uma possível interferência indevida do presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, na Polícia Federal - o que levou à abertura de inquérito no STF.

No vídeo, Bolsonaro estaria pedindo ajuda de seus ministros para "salvar o governo", dizendo que "a barca está afundando", que se ele caísse, eles cairiam junto e ainda que poderiam ser presos por homofobia e racismo, prevendo até a punição de 8 anos de prisão, que eventualmente pagariam.

O  conteúdo da gravação mostraria a preocupação do presidente com um eventual cerco da Policia Federal a seus filhos, alegando que sua família estaria sendo perseguida.
A Advocacia-Geral da União, no entanto, pediu o fim do sigilo sobre o vídeo.
O vídeo da reunião foi exibido a um grupo restrito de pessoas, com autorização do ministro Celso de Mello, que é relator deste inquérito no STF.

A exibição do vídeo foi em Brasília, com a participação de Sérgio Moro, procuradores, investigadore e funcionários da Advocacia-Geral da União.

Segundo nota da Radioagência Nacional, o inquérito no STF é quase todo público e a única parte em sigilo é esse vídeo, porque pode conter informações estratégicas para o país.

A expectativa era de que o relator decidisse sobre a retirada total ou parcial do sigilo ainda na sexta-feira (15), mas Celso de Mello achou importante ele mesmo ver a gravação.

Inicialmente, o ministro analisaria apenas a transcrição dos diálogos e as considerações das partes envolvidas no inquérito.

A defesa do ex-ministro Sergio Moro pediu a divulgação na íntegra das duas horas de gravação.

A Procuradoria-Geral da República defendeu o fim do sigilo apenas dos trechos que tenham relação direta com a investigação.

E a Advocacia-Geral da União sugeriu a publicação de todas as falas da Jair Bolsonaro, que daria cerca de 20 minutos.

O inquérito foi aberto a pedido do procurador-geral Augusto Aras. Segundo ele, existem indícios dos crimes de falsidade ideológica, coação no curso do processo, advocacia administrativa, prevaricação, obstrução de Justiça, corrupção passiva privilegiada, denunciação caluniosa e crime contra a honra do presidente Bolsonaro.
Ainda no Brasil, o general Eduardo Pazuello assume interinamente o comando do Ministério da Saúde, após a confirmação da saída de Nelson Teich.
Pazuello deve ficar interino na Saúde por uma semana.

Ele foi coordenador da Operação Acolhida, de refugiados venezuelanos na fronteira com Roraima.

Outros nomes estão cotados para o ministério, como o da médica Nise Yamaguchi, defensora da cloroquina.

Com Pazuello, o governo de Jair Bolsonaro tem 10 ministros militares -  dos 22 ministérios, 45% são ocupados por militares.

E o  vice-presidente do Brasil, Hamilton Mourão, e sua esposa, Paula Mourão, fizeram o teste para Covid-19 e estão em isolamento em Brasília, após  um servidor que esteve próximo de Mourão na quarta-feira ter testado positivo.

Neste podcast, ouça também a reportagem da Radioagência Nacional.

As pessoas na Austrália devem ficar pelo menos a um metro e meio de distância dos outros. Confira os limites no seu estado ou território para o número máximo de pessoas em encontros e reuniões.
 
Os testes para o coronavírus estão agora amplamente disponíveis em toda a Austrália.
Se você  tem sintomas de resfriado ou de gripe, organize um teste ligando para o seu médico ou para a Linha Direta Nacional do Coronavírus no número 1800 020 080.

O App COVIDSafe do governo federal, para rastrear o coronavírus, está disponível para baixar na 'app store' do seu telefone.

A SBS traz as últimas informações sobre o COVID-19 para as diversas comunidades na Austrália.

Notícias e informações estão disponíveis em 63 línguas no 
Siga-nos no  e 
spotify_2.png
google_podcast_2.png
apple_podcasts_2.png

Share