Uma rebelião ocorrida na manhã desta segunda-feira (29) no Brasil deixou 52 detentos mortos no Centro de Recuperação Regional de Altamira, no Pará.
De acordo com a Superintendência do Sistema Penitenciário (Susipe), o conflito começou por volta das 7h, quando um grupo de presos invadiu a ala de uma facção rival.
De acordo com informações divulgadas, os presos chegaram a colocar fogo em parte da ala.
Dentre os mortos, 16 foram decapitados e o restante teria morrido por asfixia, devido ao incêndio.
Dois agentes penitenciários foram mantidos reféns, mas foram liberados ao final da rebelião, que foi contida por volta das 12h.
O Ministério da Justiça informou, em nota, que disponibilizou vagas em prisões federais para transferência e isolamento dos criminosos apontados como líderes da rebelião no Centro de Recuperação Regional de Altamira, no Pará.
A decisão foi anunciada após uma reunião de emergência na tarde desta segunda-feira, em Brasília.
Para o secretário de atuação no sistema penitenciário da Defensoria Pública da União, Alexandre Kaiser Rauber, a transferência de presos e o uso da Força Nacional de Segurança Pública são medidas paliativas.
O defensor lembra que os massacres em prisões não são casos isolados.
O ministro da Justiça, Sergio Moro, lamentou as mortes, determinou a intensificação das ações de inteligência e informou que a Força Nacional ficará de prontidão.