São as notícias da Austrália e do Mundo da Rádio SBS para este domingo, 22 de agosto de 2021
- Austrália vive hoje o pior dia de novos casos Covid desde o início da pandemia, com Nova Gales do Sul batendo recorde, com 830 casos e 3 mortes - ontem, sábado, foram 825 novos casos.
- Centenas de prisões e multas para manifestantes ontem contra o lockdown, em Sydney e em Melbourne.
- Ecologistas são contra a compra de empresa de salmão, na Tasmânia, pela gigante brasileira JBS.
Nova Gales do Sul/NSW registrou um novo recorde de casos locais de COVID-19 neste domingo, com 830 casos e três mortes, ontem foram 825 infecções e também três mortes - um homem não vacinado de 90 anos, um homem totalmente vacinado na faixa dos 80 anos e uma mulher de 90 anos, que recebeu uma dose da vacina.
36 dos novos casos deste domingo foram registrados na região oeste do estado, majoritariamente entre Indígenas.
Não se sabe a origem de quase 700 destes casos de hoje, e as investigações continuam.
A governadora do estado, Gladys Berejiklian, apelou a todos para que sigam as regras:
"The vast majority of people are doing the right thing. The vast majority of people get how important it is to stay home and I receive messages every day from people who express their personal circumstances about how difficult it is. And it really breaks my heart to hear some of the stories but the bottom line is they know they're doing it for the greater good. And I just appeal to everybody, please consider the greater good. Only a handful of people are doing the wrong thing but it's having catastrophic consequences."
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Centenas de pessoas foram presas após confrontos violentos entre manifestantes contra o lockdown e a polícia, em Sydney e em Melbourne, com um protesto acontecendo também em Brisbane.
Em Melbourne, o início de um lockdown em todo o estado não impediu que cerca de 4.000 pessoas fossem às ruas em passeata, com sete policiais feridos e pelo menos 200 detenções.
O comissário-Chefe da Polícia de Victoria, Shane Patton, disse ser ridículo pensar que pessoas podiam ser tão egoístas e fazer protestos em meio ao confinamento, e que pessoas foram multadas em 5.500 dólares por estarem ilegalmente a mais de 5 km da sua casa, mesmo antes do protesto ter começado:
"Every protester who we can identify and who we can apprehend will receive a $5,500 fine. It's just ridiculous to think that people would be so selfish and come and do this."
Shane Patton descreveu a maioria dos manifestantes em Melbourne como "homens raivosos", com 200 pessoas sendo detidas, nove policiais feridos nos hospitais, após serem agredidos fisicamente, e atingidos por tochas de fogo e projéteis variados.
"The vast majority by and large I've been briefed were men 25 to 40, angry men. Men who came in with intent to cause trouble and to attack police. What we saw yesterday was completely unacceptable."
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Em Sydney, com uma explosão de casos de Covid-19, recorde na Austrália desde o início da pandemia, a presença e ação de 1.500 policiais evitou que um grande número de pessoas participasse do protesto , chamado de protesto pela liberdade, no centro da cidade.
Mesmo assim, em torno de 250 pessoas estavam em protesto no Victoria Park, próximo à Universidade de Sydney, em Camperdown, nos arredores do centro.
O vice-comissário da polícia de Nova Gales do Sul/NSW, Mal Lanyon, disse que era deplorável que estas pessoas, apesar dos alertas da polícia e da gravidade da crise, ainda acreditassem ser apropriado protestar:
"It's deplorable to think that despite the warnings that have been given over the past week and despite our current case numbers that 250 people thought it was appropriate to come into the city to protest. We had made it very clear that we would enforce public health orders to ensure that the virus couldn't spread. We have made it very clear that those people coming into town would be met with a significant police presence."
A polícia de NSW prendeu 47 pessoas e multou outras 261 no centro de Sydney e também no interior do estado.
Os trens evitaram as principais estações de Sydney e os táxis e motoristas de transporte público estavam proibidos de entrar na área do CBD.
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Victoria registrou neste domingo 65 novos casos, e ontem, sábado, 61 novos casos locais de COVID-19, e 39 deles estiveram na comunidade durante o período infeccioso.
Agora, um em cada 4 casos em Victoria é de crianças com menos de 9 anos de idade.
Um número significativo de casos foi detectado no interior do estado de Victoria, vários em Shepparton, no norte, com mais locais de exposição ao vírus em cidades ao redor. Por isso, desde a uma da tarde do sábado, todo o estado de Victoria está em confinamento.
As regras para as áreas regionais são as mesmas da Grande Melbourne, exceto para o toque de recolher, que não se aplica às regiões do interior de Victoria.
O governador do estado, Daniel Andrews, disse que a situação em Shepparton é extremamente preocupante:
"This virus has made its way from Sydney to New Zealand for heaven's sake. We therefore shouldn't be having any of these debates about whether the whole of country Victoria is at risk, the judgment of our public health experts is that it should be statewide, and on that basis that lockdown those five reasons to leave will apply to all of regional Victoria just as it does apply to all of Melbourne."
As creches em todo o estado ficam abertas apenas para filhos de trabalhadores considerados essenciais e de famílias vulneráveis, após um aumento no número de crianças e suas cuidadoras infectadas com coronavírus.
Os trabalhos na construção civil devem diminuir em 25 por cento em Melbourne e haverá mais restrições para quem trabalha em abatedouros.
O uso de máscara é agora recomendado para estudantes da escola primária, com a preocupação cada vez maior da variante Delta estar se espalhando entre crianças pequenas.
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O Território da Capital Australiana/ACT registrou 19 novos casos hoje e oito novos casos locais de COVID-19 ontem, sábado, e está planejando incluir adolescentes de até 12 anos no plano de vacinação antes do final do ano.
Queensland novamente não registrou nenhum caso local de COVID-19 e as autoridades reforçaram o apelo às pessoas com 16 anos ou mais para serem vacinadas.
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O Brasil registrou a menor média móvel de mortes por Covid desde janeiro, com 773 mortes.
Pela primeira vez desde o começo do ano, o país voltou a registrar menos de 800 mortes diárias, em média, por uma semana.
Enquanto isso, mais de 8 milhões de brasileiros não voltaram para tomar a 2ª dose da vacina contra Covid, segundo levantamento do Ministério da Saúde divulgado ontem.
O motivo seria o temor de reações adversas à vacina.
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Ecologistas são contra à compra de empresa de salmão, na Tasmânia, pela gigante brasileira JBS.
A multinacional brasileira JBS, uma das maiores produtoras de alimentos do mundo, que já atua forte no setor de carnes da Austrália e que anos atrás adquiriu aqui a empresa Primo, está comprando agora ações de uma das maiores empresas de salmão do país, a Huon Aquaculture Group, da Tasmânia, em um acordo em torno de meio bilhão de dólares australianos.
Peter George, co-presidente do grupo Aliança para a Proteção Marinha de Tasmânia/TAMP, disse em reportagem de Rocio Otoya, da agência EFE na Austrália, que a JBS tem "registros ambientais terríveis que implicam em arrasar partes da Amazônia e um histórico de maus-tratos do gado nos seus abatedouros", além de supostos atos de corrupção em várias partes do mundo.
O grupo ambientalista pediu ao ministro do Tesouro, Josh Frydenberg, que se oponha à aquisição, uma vez que o governo australiano tem o poder de bloquear qualquer compra por parte de empresas estrangeiras, se vão contra os interesses nacionais.
A JBS lançou outra oferta paralela, na semana passada, na tentativa de controlar pelo menos 50,1 por cento da Huon, empresa na qual o magnata da mineração Andrew Forrest, que é contra esta venda, detém 18,5 por cento das ações.
A empresa JBS, por sua vez, defendeu "sua história longa e orgulhosa de crescimento dos seus negócios australianos" e prometeu que com a aquisição de Huon, manterá "os mais altos padrões de qualidade superior e práticas saudáveis e sustentáveis" no setor, entre outros aspectos, segundo o jornal The Guardian Australia.
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Os Estados Unidos estão alertando seus cidadãos a não seguirem ao aeroporto de Cabul, no Afeganistão, a não ser que tenham instruções individuais específicas de algum representante do governo norte-americano.
Isto por causa de ameaças à segurança fora dos portões do aeroporto, onde a multidão continua a aumentar, com pessoas desesperadas para escapar do Talibã, que tomou o controle do país.
John Kirby, porta-voz do Pentágono, disse que no momento o aeroporto está seguro, mas que a situação é "fluída e dinâmica":
"There's a lot there's a whole panoply of security concerns that we have. And again, to my answer to Courtney, this is a noncombatant evacuation. That's what we're focused on. And so the idea is, as the general very clearly indicated in his opening statement, is to get as many people out as we can, as fast as we can."
Enquanto isso, a União Europeia disse que não vai reconhecer o Talibã como o legítimo governo do Afeganistão, nem manter conversações políticas com os seus militantes.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse também que a União Europeia vai ajuda a financiar os países que reassentarem refugiados afegãos:
"So here I also call on all states who have participated in the Afghanistan missions, Europeans and others, to provide sufficient resettlement quotas and secure pathways so that collectively we can accommodate those in need of protection."