Está apurado que 71% da eletricidade consumida em Portugal em 2024 foi proveniente de energias renováveis, mas alguns projetos gigantescos de energia fotovoltaica estão a zangar as populações afetadas.
O principal fator que explica a transformação portuguesa para a energia limpa é a política: consenso entre os dois maiores partidos, os rivais PS e PSD. Desde 2005, o país apostou na expansão das energias renováveis de forma contínua.
O impulso inicial ocorreu durante o primeiro governo do socialista José Sócrates entre 2005 e 2009, com leilões para produção hidrelétrica e eólica. O país partia de um desenvolvimento modesto: em 2004, a eletricidade de origem renovável era de 27%.
Em 2015, outro socialista, António Costa, abraçou a causa da descarbonização da economia como sua grande bandeira, apontou definitivamente o caminho, com o fecho antecipado das 2 centrais de carvão (Pego e Sines) e mudanças legais, para afastar obstáculos no caminho, incluindo a agilidade no licenciamento de centrais eólicas e solares, que elimina as exigências ambientais em projetos de menor dimensão.
Uma decisão que tem levantado críticas de organizações ecologistas pelo impacto das novas infraestruturas energéticas sobre o território. Mas Portugal é vanguarda na transição energética na Europa.
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