Falando em uma entrevista coletiva após o final da Cúpula Europeia, o primeiro-ministro português António Costa, que é o atual presidente da União Europeia, disse que o documento, chamado por ele de ‘passe verde’, "deve ser amplamente reconhecido e aprovado o mais rápido possível" para facilitar a liberdade de movimento em todo o bloco.
A Comissão ficou de preparar durante os próximos meses um documento que permita atestar, de uma forma não identificada, que uma pessoa está numa das seguintes circunstâncias: ou já esteve contaminada com Covid, ou já está devidamente vacinada, ou realizou um teste que confirma que não está nesse momento contaminado, de forma a permitir uma maior facilidade de circulação e uma menor necessidade de recurso a medidas como quarentena, disse Costa
A chefe da União Europeia, Ursula Von der Leyen, disse que seria tecnicamente possível criar um "passaporte verde da Covid" usando dados que indicam se uma pessoa foi vacinada, se foi testada e o resultado do teste foi negativo ou se está imune após contrair a doença, dentro de um período de três meses. Mas ela alertou que muitas questões políticas devem ser resolvidas primeiro.
Os chamados "certificados de vacina" ou “passaportes” podem ajudar a facilitar o retorno às viagens aéreas e, possivelmente, evitar outra desastrosa temporada de férias de verão como a de 2020.
Os países do sul da Europa que dependem do turismo, como Grécia, Espanha e Portugal, apóiam esse sistema, mas seus parceiros do norte da União Europeia, como a Alemanha, duvidam que os passaportes verdes funcionem.
António Costa afirmou ainda que Portugal está a tentar entrar na corrida pela produção local da vacina com a instalação de uma fábrica no norte do país.