Donald Trump disse que a taxa mais alta para a China se deve à "falta de respeito que a China demonstrou aos mercados mundiais".
O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmou que, na sua opinião, a China insistiu na escalada e que só pode culpar a si mesma pela situação atual.
"Não estou chamando isso de guerra comercial. Mas estou dizendo que a China intensificou a tensão. E o presidente Trump respondeu com muita coragem a isso. E vamos trabalhar em uma solução com nossos parceiros comerciais".
A decisão de Donald Trump de aliviar as tarifas para a maioria dos países não afetará diretamente a Austrália, mas pode abrir caminho para novas negociações com os EUA.
A alíquota da Austrália permanece inalterada em 10%, conforme definido durante a primeira semana da campanha eleitoral federal.
Questionado se a medida impactaria a Austrália, o vice-primeiro-ministro Richard Marles respondeu ao Canal Nove que não.
"Não, e a nossa política também não. Preferiríamos que não houvesse tarifas entre a Austrália e os Estados Unidos, e continuaremos a defender esse argumento, mas também vamos construir a nossa própria resiliência econômica e procurar outros mercados, que é o que temos feito e que será o nosso foco".
A China e a União Europeia impuseram novas tarifas sobre produtos dos EUA em resposta às altas tarifas impostas pelo presidente Donald Trump.
A China aumentou suas tarifas sobre importações americanas de 34% para 84%, logo após os Estados Unidos imporem anteriormente uma taxa de 104% aos produtos chineses.
A UE seguiu o exemplo, anunciando tarifas de 25% sobre uma série de importações americanas como parte de suas contramedidas iniciais.
Cinzia Alcidi, pesquisadora do Centro de Estudos de Política Europeia, afirmou que as contramedidas são mais simbólicas do que uma resposta contundente.
"De modo geral, o pacote é bastante limitado em tamanho. Parece ter como alvo cerca de 20 bilhões de euros [A$ 35 bilhões] em exportações dos EUA, e tem como alvo produtos muito específicos, como soja e alguns outros. Portanto, é mais simbólico, do que uma resposta clara ou contundente às tarifas dos EUA".
As ações americanas dispararam com a notícia da pausa nas tarifas, recuperando parte das perdas da semana anterior. Minutos após a publicação de Trump nas redes sociais, o S&P 500 disparou mais de 7%. Encerrou o dia com alta de 9,5%, seu maior ganho diário desde 2008.
O Nasdaq teve sua segunda maior alta já registrada, a maior desde 2001, encerrando o pregão com alta de 12,2%. Já o principal índice da bolsa brasileira, Ibovespa, avançou 3,12%.
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