No papel de líder do país que exerce neste momento a presidência da União Europeia, o primeiro-ministro António Costa assumiu a exigência de cessar-fogo imediato: “É necessário que Israel pare imediatamente com estes ataques para se regressar a um ponto em que o caminho para a paz seja possível e não se agrave este caminho para o conflito”.
O primeiro-ministro português reforçou, “mais do que o cessar-fogo, é necessária a criação de condições de convivência entre os povos e os estados”.
António Costa fez esta declaração em Paris, aonde viajou a convite do presidente francês Emmanuel Macron, para debater o relacionamento com os países africanos, sobretudo numa altura em que a pandemia acentuou as desigualdades. Para o chefe de Governo de Portugal “é inadiável” que se criem condições para reduzir não só as desigualdades entre países como entre continentes. Essa ação começa pela gestão da dívida de alguns países.
Costa recordou que Portugal já aprovou moratórias de dívida, mas que é preciso uma resposta conjunta da União Europeia. É necessário criar condições para que, em primeiro lugar, "quer a situação da dívida quer da capacidade orçamental não sejam constrangimentos ao seu desenvolvimento e estabelecer parcerias concretas para o desenvolvimento sustentável” dos países africanos.