Na Austrália, o ano de 2020 começou muito antes da pandemia.
Foi na virada do ano que os incêndios florestais pularam o asfalto e atingiram comunidades, famílias, suas casas e cidades.
Muitos ajudaram como puderam inclusive um grupo de 120 brasileiros que acamparam nas zonas de incêndio e ajudaram na reconstrução das propriedades devastadas pelo fogo.
Quando a Austrália finalmente começou a se recuperar dos incêndios chegou a pandemia.
Em janeiro Melbourne registrou o primeiro caso de COVID-19.
Em fevereiro, o assassinato brutal de Hanna Clarke e seus 3 filhos pelo marido e pai das crianças, Rown Baxter. Um evento que chocou o país. Não só pela brutalidade mas pelos requintes de crueldade.
Em março, a primeira morte por COVID-19 e o anúncio do primeiro-ministro.
Em meio à confusão causada pela pandemia do coronavírus, o cardeal George Pell, condenado por abuso sexual infantil, teve sua sentença de prisão anulada pelo Supremo Tribunal Australiano.
Em junho, os protestos do Black Live Matters, o Vidas Negras Importam, iniciados após a morte brutal de George Floyd nos Estados Undios, ressoam também nas ruas da Austrália.
Um mês depois em julho, Melbourne entra em um dos confinamentos mais severos e longos do mundo. 6 semanas em lockdown. Moradores foram obrigados a carregarem seus documentos para justificar a saída de casa. A polícia foi colocada em check points para garantir que ninguém deixasse os perímetros do próprio bairro.
Uma das medidas mais contenciosas foi o aprisionamento dos moradores de prédios populares, proibidos de sair de casa por quatro dias.
A Austrália também entrou em recessão em 2020, pela primeira vez em quase 30 anos.
Em outubro um marco político, Annastacia Palaszczuk é reeleita para um terceiro termo, em Queensland.
Em novembro, o general das forças armadas da Austrália, Angus Campbell apresentou um relatório de crimes de guerra no Afeganistão e evidências de 39 assassinatos de civis afegãos por forças especiais australianas (SAS). Dois deles de maneira cruel. Ele pediu desculpas.
O ano que passou terminou com a descoberta de várias vacinas para o coronavírus e vacinação em massa no mundo inteiro.
A SBS em Português entrevistou a médica brasileira doutora Priscila Barreto uma das primeiras a tomar a vacina nos Estados Unidos.
Em dezembro, a expectativa pela vacina, com vários países do mundo, como Portugal, já vacinando a população.