Dados sobre o eleitorado na Austrália estão disponíveis e podem ser solicitados por qualquer cidadão australiano por meio do direito à liberdade de expressão e informação, são dados públicos que podem ser obtidos através do Australian Electoral Commission (AEC).
"O que chamou minha atenção é ver como os brasileiros estão distribuídos aqui na Austrália, o que segue também a mesma lógica do movimento dos estudantes estrangeiros. Há uma concentração alta de brasileiros eleitores em
De acordo com Valmor, muitos dos brasileiros que chegaram à Austrália no início dos anos 2000, com o boom do mercado internacional da educação, vieram como estudantes, ficaram por aqui, e hoje são cidadãos com direito à voto. Temos um número mais alto de mulheres votantes 10,400 do que de homens, 8,263 aproximadamente.

Fonte: Australian Electoral Commission
"O brasileiro na Austrália é de classe média alta, nível de ensino superior completo e temos mais mulheres do que homens," diz.
De acordo com a AEC os distritos com maior número de eleitores brasileiros que podem votar nessas eleições são: Kingsford Smith e Warringah (NSW), Gellibrand e Macnamara (VIC), McPherson e Moncrieff (QLD), Cown e Curtin (WA), Adelaide (SA), Franklin (TAS), Camberra (ACT) e Solomon (NT).

Onde estão os eleitores brasileiros na Austrália: distritos mais populosos apenas
“Na minha opinião o que o eleitor brasileiro mais se preocupa é com a questão da imigração, principalmente brasileiros que estão aqui e querem trazer seus familiares. Seja por questões de saúde, educação etc,” diz Valmor.
O ex-cônsul lembra que é importante ver a política de imigração dos candidatos.
Um dos pontos que foi discutido no primeiro debate entre dois dos principais candidatos à Primeiro-Ministro, Peter Dutton e Anthony Albanese, foi exatamente a imigração. O candidato liberal, Dutton, prometeu introduzir um limite fixo (25%) de estudantes estrangeiros em universidades, em uma tentativa de reduzir os números totais para cerca de 240 mil por ano.
Em diversas entrevistas Dutton disse que isso vai aliviar a crise na moradia.

Antes da pandemia o Brasil chegou a ser o quarto país - fora da Ásia - que mais mandava estudantes internacionais para a Austrália Credit: LF/SBSPortuguese
O estudo analisou dados de aluguel entre 2017 e 2024 e também incluiu dados coletados pelo governo e do Bureau Australiano de Estatística (ABS). Segundo essas informações, os estudantes internacionais não estão competindo pelas mesmas propriedades que os locais.
“Os estudantes internacionais sequer representam 4% das pessoas que alugam imóveis país. Infelizmente são um alvo fácil, principalmente por que o estudante internacional não vota, não tem poder de voto. Isso acontece muito aor edor do mundo, culparimigrantes pela cirse financeira e social que o país enfrenta,” diz.
O Partido Trabalhista já reduziu o limite no número de estudantes para 270 mil. Em 2023 eram 323 mil.
OS trabalhistas também reduziram o tempo que ex-estudantes podem permanecer na Austrália com vistos temporários de pós-graduação, reduziu o limite de idade para obtenção do visto de 50 para 35 anos e aumentou os requisitos mínimos de inglês.
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