A nação lusófona, do sudeste da Ásia, tem uma geografia muito particular com 743 km de litoral e diversas montanhas, que chegam até 3 mil metros de altura.
Essas características fazem com que a pequena nação asiática seja particularmente vulnerável a inundações, deslizamentos de terra e erosão do solo.
Ao mesmo tempo, o aumento do nível do mar em Timor-Leste nas últimas décadas foi de cerca de 9 mm anualmente, o que é bem superior à média global de 2,8 - 3,6 mm por ano.
Restauração de manguezais
Mas a própria natureza do país também oferece recursos de proteção contra essas ameaças, um deles é o manguezal.
Os mangues com seus complexos sistemas de raízes aprisionam sedimentos, reduzem o fluxo da água e armazenam o carbono azul costeiro proveniente da atmosfera e do oceano.
Manguezais também contribuem para a estabilidade do litoral, ao proteger os recifes de coral e prevenir a erosão causada por ondas e tempestades.
No entanto, desde 1940, Timor-Leste perdeu 80% da cobertura desse ecossistema.
Para reverter esse quadro, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, Pnud, iniciou em 2016 o Programa de Resiliência Costeira. Até 2020, quase 2 mil hectares de manguezais e zonas húmidas foram conservados e restaurados nas costas norte e sul do país.
A ONG local Konservasaun Flora & Fauna, KFF, obteve apoio do Pnud para o desenvolvimento de um centro de estudos de manguezais no município de Hera, também convertido em ponto turístico.
Além de apoiar pesquisas, a KFF faz a “gestação” de 30 a 40 mil árvores todos os anos, de 16 espécies diferentes, para garantir a reabilitação de florestas de manguezais em Hera e outras áreas de Timor-Leste.
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